sexta-feira, junho 15, 2007

Mas, que diabos!


Eu de certa forma o vejo como um alucinógeno potente que me lança para além dessa suposta realidade a qual vivo. Sim, ele pode me lançar com tal força para além dessa realidade que eu não poderia esquivar-me e não o amar da maneira como merece.


Acho que não seria nada romântico para ele ouvir de mim que ele é um alucinógeno, seria engraçado por fim, porque ele ainda não pode compreender o meu mundo, porque ele ainda não pode estar aqui em cima comigo e ver a terra sob uma outra perspectiva. Mas, ainda assim é engraçado como ele se torna um trampolim onde posso saltar daqui para um outro mundo, para um outro estado de ser.


Amor é destino? Eu não sei dizer, porque jamais suspeitei que algo tão comum, algo tão ordinário, poderia se tornar algo tão divino, tão surreal, tão alucinante. Ele é como aquela planta insignificante que cresce em algum lugar desolado, que quando encontrada e perfeitamente manuseada se torna um potente chá que ativa todos os seus pontos vitais. E sinceramente, eu acho que adoro isso!


A reação deve ser semelhante nele, seus olhos confusos e carinhosos dizem bem mais que qualquer palavra proferida, eu o deixo tímido, confuso, alegre e trêmulo, e ele me diz: “Eu acho você muito divertida”. E nós rimos, porque misturamos realidades totalmente distintas e nós gostamos disso. “Ótimo, então não me deixe ficar sóbria!” - eu digo. E novamente o universo se preenche com nossas gargalhadas. E a banalidade enfim se torna um doce cálice onde bebemos do vinho de Dionísio e deixamos nossos corações alegres.


Isso pode não significar nada, mas nos enche de vida! Isso pode ter todos os significados possíveis e ainda nos deixa vivos! E eu não pretendo esconder essa alegria, porque é doce demais viver sob essa fantasia, sob a luz desse candelabro de fantasia. Meus olhos se fecham, enquanto meus olhos místicos se abrem... Só há energia aqui, então a distância não existe e nós estamos juntos, ainda que em realidades distintas.

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