quarta-feira, abril 02, 2008

Rafael! Anjo! Arcanjo! Vento?

Acho que pensamos muitas coisas sem sentido e penso nisso enquanto olho o nascer do sol pela janela do escritório. Eu noto que observo as pessoas, como me pego observando a fumaça que sobe do meu cigarro e sinceramente isso me causa certo terror e certo espanto. Embora queira pensar que o são, as pessoas não são previsíveis.

Eu acho a devoção estranha, principalmente quando ela é vazia de propósito. Então a surpresa se torna desconfiança, talvez esteja mentindo pra mim ou talvez esteja mentindo para si mesmo. Nesta altura, enquanto o sol sobe no horizonte, isso parece não ter muita importância. Nada é verdadeiro e tudo é permitido, me faz pensar que a mentira é uma constante. Mas, se está tudo tão fácil, se é só dar mais um passo, então por que encenar ou mentir, ou interpretar um personagem que não é?

Porém, é ridículo tentar saber o que se passa na cabeça das pessoas. Sei que mente, sei que suas ações não correspondem com as suas palavras e isso me faz lembrar de um livro em que eu li sobre comportamento: “Não importa com tanto calor que uma pessoa faz o seu discurso, são seus atos que demonstram suas reais intenções”. O corpo fala! Ações, demonstrações, contatos, carinhos e disposição podem dizer mais que um milhão de palavras. Bem, acho que não preciso ter medo das mentiras!

O vento é gelado, sim o vento é gelado, mas eu adoro o cheiro da manhã, eu adoro ouvir os pássaros cantando, talvez porque estejam saudando ao sol, ou a mim, ou ao trabalhador que trafega pelas ruas em direção ao seu trabalho. Ao invocar o vento, eu penso, que hoje ainda pode ser um grande dia. Como o foi ontem e como o será amanhã! O vento sopra e traz notícias, traz alegrias, pequenos momentos de risos, pequenos momentos de beijos e de certo carinho. O dia nasce para trazer algumas coisas, bem sei, embora ainda não saiba o quê.

Rafael... Rafael! Você que fica ao leste, você que pode estar no vento! Rafael!

Um comentário:

Shion Dzogchen disse...

Doce lira da manhã...