sexta-feira, dezembro 14, 2007

Caminhando e cantando e seguindo a canção

Os dias passam sem que eu os perceba, é engraçado como o mundo corre desesperadamente e minha imagem no espelho parece cada vez mais diferente. Os anos passam e nós ficamos todo o tempo contando o tempo e deixando que as coisas não aconteçam, porque elas até estão acontecendo, mas você está muito ocupado contando o tempo para perceber.
O caminho vai se mostrando e é tudo isso o que desejo agora, seguir o meu caminho, encontrar os meus pontos e minhas vistas, isso não precisa fazer muito sentido, não busco um sentido agora, eu busco viver, sem ter que contar o tempo, sem ter que ser contada pelo tempo... O tempo me contando e eu contando o tempo. Chega..... A ansiedade se perdeu no labirinto da minha mente!
Caminhando e cantando e seguindo a canção. E a canção é tudo aquilo o que eu resolvi desejar e não me importo que todas as pessoas estão fazendo planos como eu, mas é necessário fazer planos para fazer o caminho adiante!
E como diria Pessoa: E o resto que venha, se vier, ou tiver que vir ou não venha...

quarta-feira, dezembro 05, 2007

In My Life

Acho até bastante engraçado o esforço que faço para escrever nesse blog. A vida tem um modo estranho de se expressar e às vezes eu me sinto completamente fora de foco, como uma imagem borrada. Mas, ainda assim insisto em tentar viver, porém não desejo mais entender qualquer coisa.

Noto que nesses tempos estranhos eu tenho uma grande necessidade de aprender as coisas simples, coisas que pensei que já sabia com bastante perfeição e me peguei com medo das pessoas, me peguei com medo de tudo o que me tornei e sequer questionei a possibilidade de voltar ao passado. Há quem diga que sempre temos uma segunda chance, mas eu acho que o universo é veloz demais e a primeira oportunidade pode ser a ultima.

Estive assistindo "Quem Somos Nós" e admito que eu sempre soube de tudo aquilo que foi dito durante o filme, mas eu nunca havia pensado tanto a respeito. De algum modo, sei que todos nós podemos mudar a realidade e ainda tudo dependerá do ponto em que se vê. O universo não é substancial e isso me dá grande alívio. Nós podemos sim mudar o mundo!

E enquanto isso vou tentando viver a vida da maneira que eu penso ser possível, aliás tudo depende de nossas crenças mesmo! E se ...

terça-feira, outubro 02, 2007

Volto aos poucos


Há tanto tempo que eu não escrevo que eu acho que até perdi o jeito... Não sei, portanto, como devo continuar. Sinto um pouco de falta desse mundo virtual, mas eu estava precisando me manter um pouco distante, minha natureza, sempre mais voltado ao cinestésico precisava de um contato mais direto, isso não significa que eu me esqueci das pessoas que convivem comigo nesse mundo virtual, mas que precisei escapar um pouco para a realidade mais palpável. E nem acredito se realmente foi uma atitude mais sensata.
Porém, tenho estudado muitas coisas legais e chatas, entre as legais está o Budismo Tibetano. Pude comprovar de maneira prática que é uma filosofia maravilhosa, encontrei um bom livro a respeito sobre Tantra e tenho praticado muita meditação, o que tem me equilibrado bastante. Estava precisando de práticas que realmente me ajudassem a conter e possuir mais poder pessoal para realizar muitas das coisas que são importantes. Entre as chatas, eu colocaria alguns livros de Steiner sobre Teosofia e às vezes, quando estou com paciência leio algumas coisas sobre o Kardecismo, o último livro lido deste tema foi O Livro dos Espíritos. Embora, eu detesto o cunho cristão com o qual é escrito esse livro, algumas poucas coisas me pareceram dignas de nota.
Por outro lado, tenho sentido falta de meus amigos caoístas "virtuais" e "não-virtuais", para os rituais malucos dos quais nos divertíamos muito fazendo, novamente volto para as práticas solitárias, são interessantes, mas sinto falta de grupo. Estou me readaptando a uma vida há muito esquecida, mas admito que tem sido uma fase muito interessante. Enfim, voltei somente para dizer que eu ainda estou viva e que sinto muita falta de muitas pessoas!

terça-feira, junho 26, 2007

Um pouco de luz solar

Novamente levantei-me sem sonhos para lembrar, talvez com certo sorriso nos lábios, não esperava que as coisas iriam acontecer assim tão rápido. Pensei em tudo ter seu tempo, mas acho que não me importo com isso agora, talvez até quisesse acreditar nisso, mas tempo é relativo, antes tudo era tão lento e agora tudo é tão rápido. Eu me sinto um pouco confusa, ansiosa sinto haver uma bola em meu estômago, todo um oceano fluindo em minha garganta.


Eu estou agora do outro lado do abismo, mas tudo ainda é desconhecido, sinto meus pés no chão, mas o próprio chão não me dá uma sensação de segurança, o próprio universo que se faz diante de mim não me diz nada. Devo caminhar e explorar, mas estou insegura e não entendo porque me sinto assim. Eu consegui saltar o abismo.


Será como antes? Tudo permanecerá do mesmo modo que julguei que permaneceria? Será que me tornarei um ser comum? Ou ainda me tornarei uma deusa? Penso em toda a simplicidade e toda imprevisibilidade. A mudança sempre me traz um certo aperto no peito, um 'friozinho' na barriga. Estou realmente tomando a atitude correta? Tomando a melhor escolha? Quem nunca se perguntou isso?


Mas, ainda que com meus pés descalços, ainda com medo de caminhar, eu me sinto leve, pronta para viver uma nova experiência, pronta para ter algo de diferente, um desejo distinto, um sonho concretizado. O sucesso é sua prova, já dizia um velho conhecido, mas agora que provamos o que teremos então de fazer?


Dou um pouco mais de minha essência, dou um pouco mais de mim, espero mais um momento, solto um leve sorriso para o universo, porque não é preciso mais temer e não há porquê ter pressa. Minhas crenças agora flutuam como balões no ar, livres para se exporem, eu mesma me sinto livre para me expressar, minhas atitudes ou a falta delas não incomodarão nem a mim e nem a ninguém. Sou um ser livre? Posso acreditar nisso? Alguém sabe qual é o meu nome?


Penso às vezes que estou sonhando, tanto que desejei e odiei, que amei e que me frustrei, tanto que tive que caminhar. O que devo agora fazer ou falar? Seria melhor me sentar no quintal e tomar um pouco de sol? Seria contundente e sensato correr agora? O verei hoje ou é melhor amanhã? São tantas as questões, que sinto medo, que sinto desconforto, que me sinto confusa. Talvez eu devesse tomar um pouco de luz solar.


segunda-feira, junho 25, 2007

Medo


O abismo se abre diante de mim, eu gostaria de falar a respeito de minha timidez de estar sob o seu olhar, poderia ser até algo bonito de ser dito, mas agora eu não posso, agora eu não consigo, porque diante de meus pés se abre um abismo e eu sinto medo. Sinto muito medo de não conseguir dar esse salto, sinto muito medo dos monstros que estão ali embaixo prontos para me devorar.


Vejo-me como um brilho opaco, o peito dói em saber que meus anseios podem ter escorridos pelo ralo enquanto eu tomava banho, ou que se perderam enquanto eu me contemplava diante do espelho. Sinto meu estômago doer e meu sorriso é opaco. Eu estou amedrontada e olho novamente para o abismo que se faz presente.


Eu preciso estar inteira e confiante, eu preciso desejar, saber, saber desejar e permitir, mas eu sinto tanto medo desse salto, eu sinto tanto medo de ficar presa aqui e tudo parece ficar tão escuro de repente e meu opaco sorriso se apaga de uma vez. Há uma voz que grita que eu devo ser otimista, que eu devo pensar positivo, que eu tenho que acreditar. Mas, onde está minha força?


Por que eu não sonhei essa noite? Por que me sinto cega nessa escuridão? Por que eu sinto frio? Por que o sol não brilhou hoje? Eu devo permitir, eu sei que devo. Não sei como, nem porquê, não sei sobre nada novamente e tudo estava tão certo, não fosse esse abalo sísmico, não fosse minha decisão antecipada, talvez este abismo não estivesse aqui.


E enquanto eu choro sentindo-me fraca, acorrentada e cega por causa dessa escuridão, um anjo toca em meu ombro, ele sussurra que sou capaz e que isso é realizável. Eu sinto medo e fecho meus olhos, mas o anjo ainda permanece ao meu lado e ele diz que sou capaz e que é realizável.


Por que não me lembrei do sonho desta noite? A mensagem era muito dura? “Permita, permita-se arriscar e saltar” - o anjo repete. E isso não seria fé? Ou isso é acreditar? Por que não abro meus olhos? Talvez o buraco não seja tão fundo assim e ainda que eu caia, eu estarei em outro lugar e não nesse. Então por que estou com medo?


“Permita acontecer!” - o anjo diz mais uma vez e sinto que está impaciente. Pensei que anjos fossem pacientes, bons e prestativos. E agora eu penso que sou fraca e agora eu estou feia. “Permita acontecer!”. E eu já não tenho mais no que me agarrar, dou um passo adiante, tento enxergar alguma coisa lá dentro do abismo. Nietzsche maldito! “Quando você olha para o abismo, o abismo olha para você!”


Dou vários passos para trás. Não há nada aqui e não há no que se agarrar, eu não vejo outro caminho, não vejo outra solução. Posso ouvir minha respiração, posso sentir o suor escorrendo em minha fronte, sinto o cheiro do medo, mas eu devo, devo permitir, porque eu decidi vencer aqui, decidi que vou conseguir. Corro para pegar impulso e salto...




sábado, junho 23, 2007

Só para não dizer que eu não falei das flores!


Tento rabiscar rapidamente algumas linhas, os pensamentos me fogem, não há nada de importante aqui além de uma precisa ansiedade, precisa porque ela embora incontrolável, me parece sóbria, embora tempestuosa, ela parece ter uma boa causa.


Eu ainda vivo no presente, perseguindo meu objetivo, perseguindo a minha meta de beleza e bem estar, perseguindo aquilo que penso ser correto. Coloco-me sob uma disciplina da qual às vezes penso não ser capaz, mas me olho com certo orgulho no espelho, eu tenho uma causa digna e isso me motiva.


Talvez eu nem devesse ver meu objetivo como uma causa, mas sim como vaidade e isso me arranca um leve sorriso maldoso dos lábios, eu possuo pecados! Ergo-me enérgica, feliz e humana. A importância de não pecar ou pecar não faz parte de meu mundo, mas vejo esse pensamento engraçado, como comentei com minha amiga, há um certo prazer em ser herege às vezes.


Tenho estado sob constante estado de contemplação do que acho horroroso, hediondo, de tudo que me causa repugnância, talvez por isso busco a beleza dentro de mim, busco a beleza em mim, estou obsecada pelo que é belo, pelo que alegra os olhos, vejo isso em mim, vejo beleza em mim, alguns chamariam isso de narcisismo e eu o chamo de fuga! Estou necessitada de beleza, de leveza e de flores!


Sei que alguém espera por uma resposta! E faço isso no último parágrafo, para finalizar, para contemplar mais uma vez. Não há inimizade aqui, não há e nunca houve. Estou somente mais interessada em buscar o que há de belo e vejo o belo em suas palavras, vejo o belo em seu pedido de socorro, embora não saiba fazer isso, vejo o belo em muitas das coisas que vêm de você. Pena somente não cuidar da rosa e quando não a regamos, ela simplesmente murcha!


Só para não dizer que não falei das flores...


quinta-feira, junho 21, 2007

Keane - Hamburg Song

Keane - Canção de Hamburgo.

Tradução: Hedra Babalon (hedra666@hotmail.com)

Eu não quero ser adorado
Não quero ser o primeiro na fila
Ou me fazer ser ouvido
Eu gostaria de trazer uma pequena luz
Para brilhar uma luz sobre sua vida
Para fazer você se sentir amado

Não, não quero ser o único que você conhece
Eu quero ser o lugar que você chama de casa.

Eu me coloco para baixo
Para fazer isso, mas você não quer saber
Eu dou muito mais
Do que eu sempre pediria

Você me verá no fim?
Ou isto é apenas uma perca de tempo?
Tentando ser seu amigo
Apenas brilha, brilha, brilha
Brilha uma pequena luz
Brilha uma luz sobre minha vida
Me aquecendo novamente

Bobo, eu desejo saber se você se conhece em tudo
Você sabe que isso poderia ser assim simples

Eu me coloco para baixo
Para fazer isso, mas você não quer conhecer
Você pega muito mais
Do que eu sempre pediria


Diga uma palavra ou duas para enobrecer meu dia
Você pensa que eu poderia ver seu caminho

Eu me coloco para baixo
E faço isso, mas você não quer saber
Você pega muito mais
Do que eu sempre pediria


terça-feira, junho 19, 2007

Comunhão...

Eu pude ver a lua durante o dia, algo ali aconteceu entre eu e ela, nós nos olhamos por um longo tempo, encantadas uma com a outra, admiradas pelo sol não ofuscar o nosso brilho, ainda que nuvens claras passassem entre nós. Nos olhamos por um longo tempo, entendemos cada palavra não dita, entendemos cada olhar dentro do silêncio... E o sol, o sol sequer se importou, estava mais ocupado em manter seu brilho.


E a cada momento, a cada movimento, eu tentava buscá-la por entre as nuvens claras, eu olhei para a rua e para as pessoas, também olhei para a loja que exibia sem muito luxo as roupas que estavam à venda. Eu joguei o resto do meu cigarro no chão e olhei a placa diante de mim que não dizia qualquer coisa que tocasse em meu íntimo. Mas, eu sei que algo magico e misterioso aconteceu entre eu e a lua. Sei que a olhei e que ela me olhou, eu entendi algo que não se tornou consciente e meu corpo reagiu com esplêndida alegria.


Nós realmente nunca sabemos onde a felicidade pode estar, nem sabemos o que o universo pode nos oferecer, porque estamos de qualquer forma entregues àquilo que não sabemos e não julgamos, porque nada do que poderíamos pensar faria com que concebêssemos a plenitude disso. Então você acha que esse será um dia como todos os outros e algo de fantástico, de extraordinário, ainda que simples, faz de você um outro ser.


E não há nada mais maravilhoso que encontrar beleza dentro de você e admirar com certa exaltação características ainda mais belas nos outros. Eu levanto meu vestido, mas não há uma masoquista aqui, talvez haja uma sonhadora, crente de que todos os seus sonhos são reais e talvez a lua, ainda que em pleno dia, teve mais poder que o sol sobre mim, sobre meu ser. Eu ingiro alguns remédios e nada faz sentido na verdade, mas a sensação de esplendor e glória, de atração e gratidão penetram profundamente em meu ser. Meu anjo guardião talvez tenha ouvido com atenção tudo o que lhe disse na noite anterior.


Não me assusto com esta visão e contemplo em silêncio as belas palavras que leio sobre dor e amor, mas aqui não falo nem de dor e nem de amor, mas sim de uma perfeita e mística comunhão. De um estado de ser além do que pode ser expressado, nenhuma palavra em qualquer idioma proferido traria para isso qualquer sentido. E ainda que eu não me simpatize, eu ainda sorrio para aquilo que chamamos de esperança, porque há certeza e não fé.


E por fim, como não poderia faltar, sua integridade e sua singularidade, ainda que simples, ainda que suprimida, coragem disfarçada em medo, desejo disfarçado de insegurança, olhos que refletem sua alma pura, faz de mim um ser elevado, somente por almejar estar ao seu lado. E talvez, com esta influência, eu me torne não uma pessoa melhor, porque em minha natureza já sou perfeita, mas incrivelmente mais bela.


E o sonho deixa de ser sonho, o sonho torna-se realidade.

sexta-feira, junho 15, 2007

Mas, que diabos!


Eu de certa forma o vejo como um alucinógeno potente que me lança para além dessa suposta realidade a qual vivo. Sim, ele pode me lançar com tal força para além dessa realidade que eu não poderia esquivar-me e não o amar da maneira como merece.


Acho que não seria nada romântico para ele ouvir de mim que ele é um alucinógeno, seria engraçado por fim, porque ele ainda não pode compreender o meu mundo, porque ele ainda não pode estar aqui em cima comigo e ver a terra sob uma outra perspectiva. Mas, ainda assim é engraçado como ele se torna um trampolim onde posso saltar daqui para um outro mundo, para um outro estado de ser.


Amor é destino? Eu não sei dizer, porque jamais suspeitei que algo tão comum, algo tão ordinário, poderia se tornar algo tão divino, tão surreal, tão alucinante. Ele é como aquela planta insignificante que cresce em algum lugar desolado, que quando encontrada e perfeitamente manuseada se torna um potente chá que ativa todos os seus pontos vitais. E sinceramente, eu acho que adoro isso!


A reação deve ser semelhante nele, seus olhos confusos e carinhosos dizem bem mais que qualquer palavra proferida, eu o deixo tímido, confuso, alegre e trêmulo, e ele me diz: “Eu acho você muito divertida”. E nós rimos, porque misturamos realidades totalmente distintas e nós gostamos disso. “Ótimo, então não me deixe ficar sóbria!” - eu digo. E novamente o universo se preenche com nossas gargalhadas. E a banalidade enfim se torna um doce cálice onde bebemos do vinho de Dionísio e deixamos nossos corações alegres.


Isso pode não significar nada, mas nos enche de vida! Isso pode ter todos os significados possíveis e ainda nos deixa vivos! E eu não pretendo esconder essa alegria, porque é doce demais viver sob essa fantasia, sob a luz desse candelabro de fantasia. Meus olhos se fecham, enquanto meus olhos místicos se abrem... Só há energia aqui, então a distância não existe e nós estamos juntos, ainda que em realidades distintas.

terça-feira, junho 12, 2007

You fucking disappoint me!


Lágrimas... O que são lágrimas? O que é o choro? Somente mais uma forma de se expressar e dizer que ferramos com tudo!


Eu ferrei tudo, você ferrou tudo, todos estão ferrando com tudo. E eu sei que escreveria uma longa carta repleta de palavrões, repleta de fúria.


Reciprocidade? Cumplicidade? Relacionamento? Parentes? Família? Irmãs? Amigos? Amor? Ódio?


Mas um pouco de desculpa para continuarmos ferrando com tudo! Venha, vamos nos decepcionar, porque há dias em que há adoração e há dias em que há danação.


E eu estou cansada de conviver com toda essa ignorância, eu estou cansada de viver com toda essa bosta de lavagem cerebral que as religiões fazem nas pessoas!


Gosto de ver que as pessoas me olham de modo a pensarem que eu sou uma pessoa perigosa, perigosa demais para se ter por perto por muito tempo.


Mas, às vezes ser isso, ser o que sou, ou que penso ser, rasga meu coração em fatias, e penso: Isso será assim para sempre?


Estou cansada desse papo de que estamos entrando numa era mais psíquica, numa era onde seremos evoluídos. Estou cansada dessa baboseira em que muitos gostam de acreditar, um mundo perfeito, sem mentes deturpadas, sem um conceito idiota de bem e mal, de verdades absolutas. Há muitos em que ainda devemos enfiar a física goela abaixo, há muitos que deviam saber sobre relatividade.


Então foda-se todo este papo intelectual e toda essa esperança de que as pessoas estarão mais perceptivas, porque tudo o que eu vejo aqui são pessoas com suas mentes trancadas, vivendo como que se estivesse no século XI, onde alguns homens ditam as regras em nome de Deus!


“Respire fundo, Hedra, não demorará muito e logo todos nós seremos queimados em praça pública!”


Pão e circo! É isso o que as pessoas querem, é isso que as divertem!


Livrem-se do prazer, livrem-se do amor, livrem-se das oportunidades, porque esse é o caminho do diabo. É o caminho da perdição!


Bullshit!


Perdoe-os, Senhor, porque eles não sabem o que fazem!


Atiro-me no abismo da perdição, do amor, de Eros, de Thanatos, de magick! Porque esse é o meu lar!


segunda-feira, junho 11, 2007

Um pouco além disso...

Tentando mudar meu estado de humor, eu abro meus olhos e vejo para além do que essa medíocre realidade tenta me mostrar, mesmo que ela nada me mostra. O estado depressivo me leva para uma profundidade além da suportável. Isso parece não fazer qualquer sentido agora, mas como quem está afogando, eu busco dentro desse mar algo em que eu possa me agarrar. Não, vocês não podem levar meu estado otimista, meu humor e minha inocência assim. Ninguém pode tirar isso de mim.


Abrem-se os portais de uma outra realidade. Deixe-me entrar com meus pés descalços e sujos de lama, não me importa se este é um lugar sagrado, se está limpo, eu quero entrar e eu vou entrar agora! Ninguém pode me negar isso! Ninguém pode me impedir de correr solta por campos floridos, nem pode me acorrentar e me fazer parar de dançar essa maravilhosa dança do universo, ninguém pode me fazer deitar numa cama de espinhos e brincar com minha sanidade, ainda que tenha razão.


Não, vocês não roubarão os meus sonhos e nem arrancarão de meu peito esse desejo e todas as minhas incertas certezas. Eu estou viva, estou entrando em sintonia com o universo mais uma vez, porque eu sei que as portas se abrem para que eu entre, ainda que não haja ninguém ali para me recepcionar e me dar às boas vindas.


O sol tocou meus olhos hoje e um aceno foi o cerne de um encontro com uma alegria singela de alguém que nada espera. Eu estive dentro desse mar hoje, eu estive sob a luz solar hoje, com sonhos e sorrisos a pintarem quadros belos, alegres e coloridos! E sim, eles ainda estão em minhas paredes. E eu nada quero saber sobre morte agora, eu quero sorrir para o dia, aproveitar o sol, sair para caminhar pelas ruas, porque todo aquele caos lá fora está aberto e propício, tudo o que ele deseja é me abraçar e me lançar em suas ondas gigantescas de possibilidades!


Eu penso em amor, eu penso no “eu amo você” que ouvi, eu penso em sua tristeza e eu sei que essa tristeza também se instalou em mim, eu sinto que as coisas não estão bem em sua casa, eu sei que você se sente acorrentado, que você caminharia por essas ruas sujas pensando em um milhão de coisas das quais você queria alcançar ou se livrar. E eu sei que a noite às vezes é escura demais para você, eu choro por sentir o que você sente e eu abraçaria o mundo, eu carregaria uma estrela gigante e quente em minhas mãos, somente para curar você, para arrancar de seu peito essa dor. Eu só gostaria de dizer que você é capaz de sair dessas águas que tentam te puxar para baixo, que te afoga, que te sufoca, que te desespera. Olhe no espelho, olhe no espelho, meu querido e veja que eu estou ali, bem diante de você, do outro lado. Sangrando, para doar um pouco de vida para você também.


Wake up! Wake up! Wake up!


O universo ainda está funcionando como sempre esteve e o sorriso é arrancado de meus lábios por uma questão de senso, de bom senso, de um incerto senso, de péssimo senso. Nada do que olhamos aqui é real o bastante, nenhuma realidade é real o bastante, nenhum desespero é desesperador o bastante, nenhum sangue é vida o bastante. E eu não me importo, eu não me importo mais com essa dor, porque não deixo com que ela me influencie mais do que isso e nada que eu estou vendo aqui é meu, nada do que eu estou sentindo aqui é meu. Então, wake up! Devo estar inteira para me lançar nesse abismo com você e voarmos. Não estou aqui para despencar! No more!

sábado, junho 09, 2007

Um Novo Dia

Eu sinto sono depois de uma noite mal dormida, acordei muito cedo, pelo horário em que me deitei, com o vizinho ouvindo musicas insuportáveis no ultimo volume: “Deus cuida da sua vida, entregue-se a ele, ele cuidará da sua vida” ou qualquer coisa hedionda do tipo. Tentei voltar a dormir, senti frio e me cobri, mas nada, a musica ecoava em meus ouvidos! Porraaaa! - “Ok, eu tenho que estar em concordância com o universo, não irei reclamar!”


Sentei-me na cama e acendi um cigarro, anoto rapidamente resquícios do sonho que tive, lembro-me das cartas de tarot que eu deitei antes de adormecer. Meus pensamentos voam para São Paulo, retornam para minha mente, voam novamente. Acho que alguma coisa está definitivamente estranha hoje. E eu sinto sono! Pássaros voam nos sonhos alheios, outros pássaros que já voaram nos meus sonhos há algum tempo! Eu mesma estive voando esses dias! Voar... Eu queria voar!


Orkut... amigo camarada! “Meus deuses! Eu devia ter dito pra ele que minha conexão tinha caído, mas eu deixei um recado no MSN. Será que ele não viu?” Os pensamentos se confundem... 615 – 613 – 35 – 15 – 200! Descrença! O dia está realmente estranho! Não sei mais o que pensar! Na verdade sei sim! Quero dizer NÃO! Quero ficar sozinha agora... Rage Against The Machine! “Eu estou definitivamente doida! Eu espero que ele me perdoe! Eu espero que ele pense em mim! Eu o espero!”


Wake up! Wake up! Wake up! “Pega a porra da pedra que você encontrar na rua!” Gargalhadas! Wake up! Wake up! Wake up! Estrondando nos meus ouvidos! O dia realmente está lindo e eu desejo fugir agora! Eu desejo fugir agora! E os pensamentos voam para São Paulo novamente! “Eu queria estar lá, eu devia estar lá”... O vento sopra! Que vontade de fumar! Meus deuses que vontade de fumar! Café... sono... sol... medo... esperança... silêncio... “Certo, isso eu não posso falar!”... Vou caminhar!



Talvez continue...

sexta-feira, junho 08, 2007

Acredite

Agora não há nada mais para dizer aqui, eu penso em nossos momentos e sorrio para mim mesma, cansei de fingir que não fui afetada, cansei de esperar para dizer isso, cansei de esperar que alguém me diga exatamente o que você pode me dizer. Eu acredito, eu acredito que nós podemos voar, acredito que podemos ir muito além do que pensamos ser capazes.


Mas para isso, para que isso aconteça, você precisa acreditar! Acredite, porque eu decidi não esconder mais isso de ninguém, acredite porque a lua ainda brilha independente de estarmos vivos ou não, acredite porque eu não vou mais me esconder, nem vou questionar mais o que as pessoas podem dizer a respeito, acredite porque eu sei exatamente o que você quer e mesmo que às vezes eu tema seu querer, isso também é exatamente o que eu quero.


Você precisa acreditar! Porque enquanto desconfia, enquanto não acredita, nosso vôo não pode ser pleno, nós sempre estaremos caindo, nós sempre estaremos despencando. Mas, talvez, seja importante que você me faça cair, talvez porque somente você é quem pode estar exatamente afundado nestes sentimentos, porque somente você pode me fazer afundar nesses sentimentos. Porém, acredite, acredite pois eu não estou mais distante, eu não sou simplesmente um sonho ou a sorte de um dia, eu não sou simplesmente a inatingível. Eu estou aqui como qualquer um, eu estou aqui por você.


Acredite, mas não pense que é fé, porque isso é bem mais real do que você imagina, e a realidade sempre é imaterial e isso nos é importante, porque materialmente a distância nos separa, mas aqui, aqui dentro dessa realidade nós estamos juntos e nós estamos voando, e você, mais do que nunca, tem que acreditar nisso.


Acredite que é a pessoa mais bela que já encontrei, acredite que me conquistou, acredite que podemos ficar juntos, acredite que ouvir sua voz faz do meu dia um dia feliz, acredite que eu te espero, acredite que nós podemos alcançar o céu e tocar estrelas, acredite que o sonho é real e que quando estamos despertos é irreal. Acredite que você pode me tocar à noite, mesmo com tantos quilômetros nos separando. Você precisa acreditar para entrar definitivamente em meu mundo.


Não tenha medo do ridículo, venha e me enfrente! Venha me enfrentar porque eu estou esperando, porque eu quero que salte esses muros, quero que perca o medo, quero que esteja aqui em cima, bem onde eu estou agora. Então, acredite, acredite porque somos capazes de quebrar todas essas correntes, porque somos capazes de ser um pouco mais do que isso, porque somos capazes de nos soltar no universo e não há como nos machucar.


E isso é tudo o que eu posso dizer, isso é tudo o que eu posso desejar. Eu quero te levar às alturas, eu quero te mostrar que há um velho que conversa com as ondas do mar, quero te mostrar que há um monstro sob minha cama, quero te mostrar que há uma gargalhada solta no universo, quero te mostrar todos os anjos com quem eu converso e todos os demônios que dormem em minha cama, eu quero te mostrar tudo aquilo que você ainda não viu, somente porque tem medo, somente porque não acredita.


Abra seus olhos e veja, olhe detalhadamente para todos os cantos do meu mundo, porque isso é importante para nós, isso é importante para você. Eu abro todas as portas, eu abro todas as portas somente para que você dê mais um passo, só mais um pequeno passo, para estar aqui dentro. Então eu te abraçarei e levarei você para voar comigo. Nós tocaremos o sol e dançaremos com as estrelas, então acredite!

quinta-feira, junho 07, 2007

Passive

Talvez isso seja internamente mais real que qualquer outra coisa!

A Perfect Circle - Passive (tradução)
Passivo – Tradução

"Morto como um morto deve ser", o doutor me disse
Mas, eu não consigo acreditar nele
Sempre o único otimista
Eu estou certo de que sua habilidade
O transforma em meu perfeito inimigo

Então, acorde
E me enfrente
Não se finja de morto
Porque talvez
Algum dia
Eu irei embora e direi
"Você me decepcionou, talvez seja melhor você distante
desse jeito"

Suportando por tanto tempo você aqui
Frio e catatônico
Eu fiz uma reflexão dos fatos
Do que você poderia e pôde ter feito
Este seu direito e sua habilidade
O transforma em meu perfeito inimigo

Então, acorde (Eu vou te alcançar)
E me enfrente (Venha agora)
Não se finja de morto (Não se finja de morto)
Porque talvez (Porque talvez)
Algum dia (Algum dia)
Eu irei embora e direi
"Você me decepcionou, talvez seja melhor você distante
desse jeito"
Mas, talvez seja melhor você distante desse jeito

Então, acorde (Eu vou te alcançar)
E me enfrente (Venha agora)
Não se finja de morto (Não se finja de morto)
Porque talvez (Porque talvez)
Algum dia (Algum dia)
Eu irei embora e direi
"Você ferrou tudo me decepcionando, talvez seja melhor
você distante desse jeito"

Vá em frente e se finja de morto, eu sei que você está
ouvindo isso
Vá em frente e se finja de morto, por que você não se
vira e me enfrenta?
Por que você não se vira e me enfrenta?
Você ferrou tudo me decepcionando

Passivo, agressivo, bobagem...

Voices

Sonhei com esta musica esta noite, gostaria de entender o motivo, mas nem sempre há motivos para tudo o que acontece, nunca há motivo na verdade!

Dream Theater - Voices (tradução)
Vozes

'Amor, apenas não olhe'
Ele costumava dizer para mim
Todo domingo de manhã
A aranha na janela
O anjo na piscina
O velho toma o veneno
Agora a viúva faz as regras

'Então fale, eu estou bem aqui'
Ela costumava dizer pra mim
Nenhuma palavra, nenhuma palavra
Judas no teto
O diabo em minha cama
Eu acho que a Páscoa nunca vem
Então eu vou apenas esperar dentro da minha cabeça

Como um grito mas de alguma maneira silencioso
Vivendo meus pesadelos

Vozes me repetindo
'Sentindo-se ameaçado?
Nós refletimos suas esperanças e medos'
Vozes me discutindo
'Outros roubam seus pensamentos
Eles não estão encarcerados
Dentro da sua mente.'

Desordem de pensamento
Controle de sonhos
Agora eles lêem minha mente no rádio
Mas onde era o Jardim do Éden?

Eu me sinto muito feliz
Eu me sinto deprimido
Sexo é morte, morte é sexo
É o que se diz aqui no meu crucifixo

Como um grito mas de alguma maneira silencioso
Deixando meus pesadelos

Vozes me protegendo
'Um bom comportamento
Traz o Salvador
Aos seus joelhos.'
Vozes me rejeitando
'Outros roubam seus pensamentos
Eles não estão encarcerados
À sua própria mente.'

[Diálogo do rapper Prix-mo lendo do livro "Cultural
Revolution".]
"Eu não quero estar aqui,
Por causa do meu sofrimento
Por causa da minha doença.
Apenas amor vale a pena se ter
Apenas amor é o que importa
Pessoas em termos iguais."
Você precisa saber com quem você está negociando
Porque, como um estrangeiro,
a-heh, apenas pode entrar aqui com uma arma...
E aí, o que você faria?
"Tudo é imaterial..."
"E você sabe que realidade é imaterial."
"Isso não é realidade..."

Eu estou me ajoelhando no chão
Olhando para a parede
Como a aranha na janela
Eu gostaria de poder falar
Há fantasia no refúgio?
Deus nos políticos?
Eu deveria ligar a minha religião?
Esses demônios na minha cabeça me dizem pra fazer
isso

Eu estou deitado aqui na cama
Juro que minha pele está do avesso
Apenas outro domingo de manhã

Vi meu diário na banca de jornal
Parece que perdemos a verdade na areia movediça
É uma vergonha, ninguém está rezando
Porque essas vozes na minha cabeça
Ficam dizendo...

'Amor, apenas não olhe.'
'Revele a Palavra quando você achar que deve'
Recolhido e introvertido
Infecciosamente pervertido
Estão rindo de mim e estou confuso
Nos mantém agradavelmente
entretidos para ficar.

Talvez eu sou apenas Cassandra passageira
O ícone do vigésimo século sangrando
Disposto a arriscar a Salvação
Para escapar do isolamento

Eu sou testemunha da redenção
Ouvi você falar mas nunca escutei
Você pode me libertar dos meus segredos?
Libertar-nos da escuridão?

segunda-feira, junho 04, 2007

Abismo

Quando eu estou trancada em minha casa, quando não faço muita questão de olhar o céu, trafegar pelas ruas, olhar as pessoas ao redor, sinto que eu estou protegida, mas que também estou me fechando, estou evitando fazer parte de um macrocosmo, de um Caos que funciona lá fora, independente de minha presença ou não.


Mas, quando eu me decido por abrir os portões de minha casa e colocar meus pés na rua, é como que se eu tivesse entrado num novo mundo, um universo ainda maior, ainda mais confuso, ainda mais caótico, ainda mais atrativo, receptivo, constante, inconstante, tudo e nada pode acontecer. Um dia tudo parece bastante calmo, no outro tudo acontece. É como atravessar os enormes portões dessa realidade tão conhecida, para uma outra, ainda que mais arisca, ainda que mais selvagem.


É estar a mercê de forças estranhas, é poder observar todas as sincronicidades, é ter os resultados de muitas das coisas que você produziu enquanto estava sozinho em seu quarto, é fazer e ser parte de algo ainda maior. É ser respondido em suas expectativas, é responder as expectativas alheias. Tudo está fora do seu controle, ainda que sob seu controle. Tudo simplesmente é permitido, ainda que pode não ser verdadeiro!


Quando você olha para o abismo, o abismo olha para você.”


Atraímos alguns, repelimos outros, atraímos situações, simplesmente acontece... Somos chamados, somos rodeados, estamos num enorme e infindo vórtice de energia, alguns presos aos seus transes diários não podem notar o poder da instabilidade, não podem notar a presença soberana do caos universal, mas para os que estão despertos, para àqueles que estão além dessa medíocre realidade, é como lançar-se num delicioso mar de possibilidades!


http://www.4shared.com/file/17230909/2492e495/The_Matrix_Soundtrack_-_Crystal_Method_-_Replacement_Killers.html


Viaje você também!

sexta-feira, junho 01, 2007

E eu acho que é por isso que eles chamam de Tristeza


É quando a noite cai e a neblina encobre a lua cheia, que tímida tenta clarear o céu, que por um momento, só um momento, ainda que furtivo, eu penso em você;

É quando tenho a certeza de que você estaria comigo se eu estivesse onde devíamos estar, que sinto o quanto faz frio aqui;

É quando a musica que amo toca, ainda que você não a conheça, que me faz pensar que seria engraçado estarmos rindo como sempre fazemos;

E é quando todas essas lembranças me tocam, que desejo estar me balançando num delicado balanço para me esquecer disso tudo.

Mas hoje eu decidi, ainda que covardemente, olhar sua foto e de nossos amigos, hoje eu acho que eu senti um pouco à sua falta,

Porque essa casa está tão fria e vazia, porque a noite está tão silenciosa, porque tudo aqui não é interessante o bastante,

Porque o vento frio sopra e eu não tenho seu corpo junto ao meu para me esquentar, nem seus beijos, nem seus abraços e nem seu sorriso tímido,

Porque às vezes eu acho que gosto da paixão e de sentir falta de algo, talvez por isso eu nunca fico tempo suficiente no mesmo lugar.

Porque eu desejo... Porque eu sempre desejo e sempre estou desejando... E eu não sei o que me faz apegar, mas eu me apego e o mundo continua girando...

O mundo gira sem parar, os meus pensamentos já não possuem qualquer valor, eles não servem pra nada,

E o mundo ainda continua girando e eu sei que não sei o que será de mim ou de você ou de nossas vidas,

Porque eu nunca sei de coisa alguma e eu às vezes acho que não sei viver, e às vezes eu acho que você me ensinou viver,

E eu acho e perco tantas coisas e há tantos pensamentos, que eu não saberia de fato escrever qualquer coisa concisa ou seguir uma ordem,

E talvez eu ainda posso dizer que a culpa é sua, toda sua e só sua... E o mundo gira!

Talvez isso seja somente um lapso de saudade, talvez seja coisa insignificante, como sempre todas as coisas são,

Talvez você esteja agora sonhando com campos floridos e dias quentes, talvez esteja dormindo acalentado por um anjo,

E talvez eu só tenha que tomar mais um pouco de café e fumar mais um cigarro, me distrair com os estudos, com as musicas...

Mas agora eu não posso, eu não consigo, porque eu ainda olho a sua foto... Eu ainda olho a sua foto... E sinto sua falta...

E não sei porque sinto sua falta se não te amo, se não me apaixonei, talvez seja o frio, ou a falta que me faz ter alguém pra conversar,

Pra contar contos de terror que nos faça rir, como tão bem fazemos, ou pra xingarmos o dia, ou pra nos escondermos,

Ou para nos agarrarmos em vielas, ou furtivamente roubar um carinho, um afago... Ou para abraçar e dizer o quanto o perfume é bom,

São coisas tão simples, coisas simples, que às vezes faz falta aqui, e às vezes eu penso que devia te dar os créditos, mas eu não posso,

Eu não posso dizer que é você que me faz bem, ou que é você que me ensina a viver, eu não posso dizer qualquer coisa,

Exceto que talvez nesta noite fria, eu esteja sentindo sua falta.


quinta-feira, maio 31, 2007

Um Poema de Saudade...

Perdi uma parte de mim, deixei em minha terra natal, deixei no fundo do quintal,

Voltei mais inteira, ainda que totalmente incompleta, mais feliz, ainda que triste

Deixei não só algo que há em mim, mas também amigos, desejos, abraços, sonhos e amores,

Deixei um pranto, uma rosa, um vento e um grande vaso repleto de doces sabores.


Deixei àquela que encontrei certa vez na infância na esquina da rua de casa,

Deixei um sorriso no vento e uma lágrima ao solo, enquanto caminhava, tristemente partia

E ainda que eu me sentia totalmente cheia, eu estava vazia, ainda que linda, vazia...

E esta garota, simples menina, recordava, chorava, cantava e sorria.


Uma canção sobre nômades tocando intensamente em minha mente, me fazendo pensar no que sou,

E ainda que sem lar e de muitos lares, de nenhum e de todos os amores, este vaso se quebrou,

E aqui eu estou, a escrever sem parar, porque todavia meu coração só pensa em voltar,

Nas lembranças, embora eu não vejo o mar, eu queria! Eu queria! Sob a neblina novamente estar.


Chora coração, quem mandou você desejar ser sempre tão aventureiro? Ser um marinheiro?

Sempre há os momentos de partir, de chorar, de cantar e rir, momentos de se despedir,

Agora estamos novamente partindo, para outro lugar indo, sem rumo, sem quem nos acalente,

Eu disse à você, coração inocente, que da infância você jamais quereria novamente voltar...


Amigos de Infância

Existem feridas e paranóias que somente seus amigos de infância podem curar, como também podem te enfiar tantas outras paranóias novas em sua cabeça. Existem momentos e ensinamentos que somente seus amigos de infância podem te oferecer, como também aquele gostinho de que sempre estarão ali seja para o que for. Existe um modo de viver intenso que somente seus amigos de infância podem te proporcionar e histórias divertidas suas e de outros que somente eles podem contar.

Eu não consegui fazer tudo o que eu queria de fato fazer, deixei tantas coisas incompletas, tantos sentimentos e pensamentos inacabados, foi engraçado como me senti triste por ter de voltar, mesmo eu tendo me alongado bem mais do que eu havia previsto. Eu ficaria lá por mais tempo se não tivesse meus compromissos por aqui. É engraçado como às vezes, por ser um andarilho, você consegue se tornar 'carne nova' no lugar onde nasceu e foi criado.

Meus amigos me deram uma nova forma de ver a vida, de sentir alegrias, de viver sonhos, ainda que da maneira mais simples possível. Eu mais ri que chorei, me senti mais segura que com medo, estive mais em mim mesma do que em qualquer outro momento da minha vida e penso que depois de tantos lutos e tantas perdas importantes, estava mais que na hora de eu curar certas feridas.

Volto nova, talvez não tão diferente, talvez não tão igual, talvez nada de muito importante aconteceu (e de fato não aconteceu), mas ainda sinto os afagos e carinhos dos meus amigos, os abraços bem-dados, abraços de urso, posso ver novamente a roda se formando e os reais saindo de bolso em bolso somente para comprarmos um pouco mais de bebida.

Rodas que contavam histórias de terror que nos faziam rolar de tanto rir, olhares maliciosos de homens que praticamente vi nascer, o assombro nos olhos de todos por vermos com tanta clareza que nós crescemos. Tantas pessoas juntas com personalidades tão distintas, porém ainda alegres por estarmos todos juntos. Acho que nunca havia visto tudo isso dessa forma. Será que também existe uma maturidade que precisamos alcançar para enxergarmos nossos amigos de infância com outros olhos?

I'm be back... Maybe!

segunda-feira, abril 30, 2007

Chaos Baby Tour Sampa 2007

Tristemente ficarei longe do meio virtual por algum tempo, porque eu estou indo para a cidade de São Paulo para resolver algumas coisas pessoais e ver meus amigos! Por isso me manterei longe da internet por algum tempo! Espero não perder contato com nenhum dos meus amigos (ainda) virtuais.
Acho que não conseguirei atualizar os blogs durante esse tempo em que ficarei lá, mas ainda estarei tentando responder os recados no orkut ou mesmo e-mails que forem enviados para o darkhedra@yahoo.com.br
Quem o possuir, eu ainda poderei ser encontrada no meu telefone, quem não tiver, me manda um e-mail que eu passo!

quinta-feira, abril 26, 2007

Cansada... Ou Quase

Vezes penso se não estamos sempre querendo buscar situações que nos deprimem de alguma forma. Tenho me sentido vigiada e limitada, não porque estão me impondo essa situação, mas eu estou permitindo essa situação. Me sinto frustrada muitas vezes, quando noto que nem tudo o que penso pode ser abertamente colocado. Talvez porque machucaria outrem, talvez porque me falta coragem, talvez porque estou farta de ter que sempre me justificar, talvez por não desejar perder.


É ruim estar sob o olhar alheio todo o tempo, em ter que explicar quem escreveu o que e porquê, isso é cansativo, vezes penso que é abusivo, talvez todos nós precisássemos de um tempo, um tempo para que o outro ao seu tempo lhe coloque aquilo que ele simplesmente quer colocar, não ter que responder várias questões sobre isso ou aquilo, ter que explicar quem são aqueles que estão ao redor, ter que dar satisfação de tudo e ser alvo constante de desconfiança.


Minha cabeça dói e me questiono. Estou pensando em tantas outras coisas, estou passando por uma fase tão gostosa, consertando aquilo que deve ser consertado, fazendo planos, buscando por amigos, buscando estar inteira, sem me machucar, sem machucar os outros. Mas há tanta insistência, há tanta pressão e acho que essa é a única verdade que realmente interessa. Estou cansada! Estou cansada dessa sub-personalidade masoquista que insisti em coisas que talvez merecessem um tempo para se tornarem situações suaves e realmente gostosas de se viver novamente.


Por um outro lado, estou também feliz, estou feliz por poder me alegrar com coisas simples e boas, estou feliz pela musica que ganhei, pelas chances que ganhei, por estar ajustando outras situações que são delicadas, estou feliz por viajar, estou feliz por poder reencontrar e encontrar pessoas interessantes, estou feliz por haver me entendido, por passar um tempão conversando sobre coisas e coisas. Conversando sobre coisas e coisas... Queria ainda estar conversando sobre coisas e coisas... Assim, simples e feliz.


quarta-feira, abril 25, 2007

With or Without You

Sem muita disposição para escrever algo meu mesmo... Tentando encontrar meu centro!


U2 - With Or Without You (tradução)

U2
Com ou sem você

Veja a pedra jogada em seus olhos
Veja o espinho cravado em seu rosto
Eu espero por você
Num passe de mágica e num desvio de destino
Em uma cama de espinhos ela faz me esperar
E eu espero... .sem você
Com ou sem você
Com ou sem você
Pela tempestade nós chegamos à orla
Você dá tudo mas eu quero mais
E eu estou esperando por você
Com ou sem você
Com ou sem você
Eu não posso viver
Com ou sem você

E você se entrega
E você se entrega
E você entrega
E você entrega
E você se entrega

Minhas mãos são amarradas
Meu corpo é ferido, ela me tem com
Nada para ganhar ...
E nada mais para perder

Com ou sem você
Com ou sem você
Eu não posso viver
Com ou sem você

The Voyager

Essa me fez lembrar de tempos gostosos, de encontros malucos na Av: Paulista, com pessoas super divertidas, com bagunça, com tequila, com risos e com os nórdicos. A época em que devorava mitologia nórdica, e magia nórdica era um de meus passatempos preferidos. Vamos embora viver a vida!

Thyrfing - The Voyager (tradução)

Thyrfing
O Viajante

Ser abençoado pelo Oceano
Pegue esta dor e sacrifício
Para alcançar o meu destino
Leva a vida de um homem velho

Com sangue eu encharco meus ídolos
Com orgulho eu toco meu barco
Eu vasculho o longínquo horizonte
para encontrar a praia que eu almejo

Montanhas e cavernas de gelo
Ainda assim, uma nova terra para encontrar
O viajante está
à procura de um império próprio

Avançando adentro do mar escuro
Zarpo junto a serpente
Ancoro onde ninguém esteve
Encaro o que quer que sejam nossos medos
Eu combato a tempestade, a chuva, o trovão
Eu sou meu próprio navegador
Exaustão, fome, sede e sangue
Dragões conduzem me adiante

Quem poderia prever
Que o mar estava tão escuro
Aqui em meu túmulo
Termina a vida de um jovem homem
Homens de verdade morrem em batalha
Para banquetear até o fim dos dias
Mas, aqui em meu túmulo
Meu rugido não será ouvido.



Tradução by Hedra Babalon e Óðinn Norfaejr

terça-feira, abril 24, 2007

This is my Life!

Parei um pouco de estudar para arejar um pouco minha cabeça, sem tirar que eu preciso mesmo treinar mais o meu português porque ele será fundamental para minha futura profissão, minha profissão! Estava lembrando o quanto é bom criarmos imagens e pensamentos positivos a respeito do que queremos alcançar e eu estou usando isso de alguma forma estes dois dias e pretendo continuar assim.

Preciso agradecer alguns amigos do fundo do meu coração, porque estão me auxiliando cada qual a maneira que lhes é possível e isso me dá um sentimento intrépido de que não estou sozinha, de que tenho pessoas que torcem por mim, seja no que for que eu esteja empenhada. Há uma escada ali que eu desejo subir, às vezes parece difícil, às vezes ela parece enorme, às vezes e só às vezes temo minha capacidade, mas eu estou me esforçando e estou subindo cada degrau de cada vez.

Por outro lado machuquei outros, por minha gigantesca desconfiança de tudo, isso é algo que eu poderia pensar em mudar, mas é, de todo, um mecanismo de defesa para aquilo que eu não sei de pronto lidar, para aquilo que me é desconhecido, para o que me é temido, para o que está fora do meu controle. Não me culpo por isso, embora machuco pessoas com este meu jeito. Sei o quanto é ruim não recebermos credibilidade para qualquer coisa que nos empenhamos, mas aqui há a minha fragilidade e não os posso forçar a aceitar isso. Talvez seja melhor não me assustar, porque goste ou não, isso me deixa bastante arisca.

De resto, estou indo a Sampa, bem antes do que eu imaginei que fosse, para resolver algumas pendências de assuntos pessoais e profissionais, mas também espero aproveitar bem o tempo que eu me mantiver lá. Ver alguns amigos se isso for possível e se me sobrar tempo, abraçar com bastante força meus pais, irmãs e filho, comer aquela comida tão saborosa, tomar um vinho jogando conversa fora e ir organizando aos poucos minha vida.

Noto que o tempo de luto já se foi, preciso recomeçar minha vida e penso que até demorei bastante para dar este primeiro passo. O futuro agora se mostra grandioso e promissor, estou resolvendo aos poucos tudo aquilo que era necessário de se resolver, estou colocando em ordem minhas escolhas profissionais, estudantis e pessoais. Estou criando novos planos, programando viagens, analisando minha capacidade de organização de tempo e de estudo. Eu não poderia me sentir melhor, ao menos agora me sinto útil.

Todos os outros assuntos delicados serão adiados para que eu os resolva a medida que eu estiver pronta pra isso. Estou sofrendo de fato com as conseqüências de alguns dos meus atos e machuquei pessoas das quais eu não queria nunca, nem por um momento ter machucado, mas minha impetuosidade o fez e agora tenho que esperar o tempo, meu e delas.

Sê forte!

Amor? Não, por enquanto não, não nasci para isso, isso desperta sempre minha personalidade masoquista, quando for o momento, quando eu estiver preparada, quando eu estiver estruturada, quando tiver que acontecer, que aconteça. E como diria Pessoa: “E o resto que venha se vier, se tiver que vir, ou não venha”.

segunda-feira, abril 23, 2007

Hey Jupiter


Que eu gosto absurdamente de Tori Amos não é novidade para ninguém, mas hoje, mais do que nunca me identifiquei muito com essa musica! É a minha musica de hoje!

Tori Amos - Hey Jupiter

Tradução: Hedra Babalon (hedra666@hotmail.com)


Ninguém atende o telefone
Suponho que seja eu e eu
E esta pequena masoquista
Ela está pronta para confessar
Todas as coisas que eu nunca pensei
Que ela poderia sentir e

Hey Jupiter
Nada tem sido o mesmo
Então você é gay?
Você é azul?
Pensei que nós poderíamos usar um amigo para fugir
E eu pensei que eu não tinha que ser
Algo novo com você.

Às vezes eu o aspiro
E eu sei você sabe
E às vezes você nada
Encontrou o que você escreveu em minha parede
Se meu coração está encharcado de bebida
Garoto suas botas podem deixar uma bagunça.

Hey Jupiter
Nada tem sido o mesmo
Então você é gay?
Você é azul?
Pensei que nós poderíamos usar um amigo para fugir
E eu pensei que você não teria que se manter
Escondido comigo.

Pensei que eu me conhecia tão bem
Todas as bonecas que eu tive
Tiraram meu couro da estante
Seu apocalipse foi fabuloso
Para uma garota que não poderia escolher entre
Banhar-se na chuva ou no banheiro.

E eu pensei que eu não teria que ser
Uma revista com você.

Ninguém atende o telefone
Acho que está claro que ele se foi
E esta pequena masoquista
Está levantando o vestido dela
Acho que pensei que eu não poderia sentir as coisas que eu sinto

Hey Jupiter
Nada tem sido o mesmo
Então você é gay?
Você é azul?
Pensei que nós poderíamos usar um amigo para fugir
Hey Jupiter
Nada tem sido o mesmo
Então porque você diz
Agora estavam encolhidos
Pensei que nós poderíamos usar um amigo para fugir.

sábado, abril 21, 2007

Eu te amo

Gosto desse silencio, gosto de sentir o sono se aproximando, mesmo que induzido por alguns comprimidos, gosto de pensar que amanhã é um outro dia, gosto de pensar que há algo de bonito no que eu sinto, por mais triste que ele pareça. E todos perguntam se eu sou gótica... E neste momento creio que sim, creio que sou uma gótica e que vejo beleza na tristeza e que devaneio no sonhar.


E hoje, mais cedo, estava eu fumando um cigarro no quintal olhando para as estrelas no céu, tão noturno e tão profundo, tão identificado a mim, eu ouvi gritos (vindo da rua?) de uma criança enlouquecida, que gritava repetidas vezes “eu te amo, eu te amo, eu te amo” e aquilo foi tão profundo, tão mais profundo que o próprio céu, mais profundo que minha tristeza e ainda que internamente eu sorri.


Sim, há uma tristeza, há um quê de desilusão, há um ar de sobriedade, mas o universo, ainda que indiretamente grita sem parar, como a criança enlouquecida... “Eu te amo, eu te amo, eu te amo...” E eu que nem sei o que é o amor, eu que nem sei quem era aquela criança, eu que nem sentia algo de tão sublime, me senti, ainda que indiretamente como aquela criança, gritando para o céu e para a tristeza... “Eu te amo, eu te amo, eu te amo!” E o universo, singelamente também sorriu para mim.



Restou-me eu em mim!

Enquanto busco por palavras em minha mente para descrever as coisas que por ela passam, há um abismo dentro de mim, uma melodia que canta em silencio, um sonho que se sonha só.

E eu estou dançando ao vento, sem haver quem me veja, eu danço ao vento, talvez por ser tudo o que me resta, o grito é silencioso demais para ser ouvido.

E o som, o som me parece como ondas furiosas a bater em pedras e as pedras, bem, as pedras sequer se movem ou demonstram qualquer sentimento.

E eu não tenho medo da morte, porque com ela já dancei muitas vezes, e eu não tenho medo da reclusão, porque ela tem sido minha companheira de eras infindas,

E eu não choro mais porque tudo o que eu quis não saiu exatamente da maneira que eu queria, e a mudança não é uma ameaça, porque gosto de correr riscos.

Não tenho medo de viajar pelo infinito, porque lá é minha morada, não espero por um porto para me sentir segura, porque restou-me eu em mim.

E embora eu me sinta triste, não significa que eu irei desfalecer, e ainda que triste, há uma insana alegria em mim e que só a mim pertence.

Então, eu gostaria de dizer que gosto de ser a distante, talvez porque quanto mais longe, mas desejamos alcançar.

E em meu tabuleiro não há peças, não há nada para jogar, minhas brincadeiras somente a mim pertencem agora e eu me sinto como um deserto a esperar pela chuva.

Também não espero que isso faça algum sentido, pelo prazer de morrer, pelo sonho de esquecer, pelas as ruas escuras nas quais caminho.

E no céu não há uma lua, somente um mar de estrelas e o vento nem me é frio e nem quente, embora me é excelente, como sempre.

Aperto em minhas mãos a ponta de meu vestido, como uma menina a esperar por algo num quarto vazio e por mais que isso parece triste, eu me sinto segura aqui.

Longe... francamente longe, segura em meu mundo, oculta pelos véus que certa vez foram levantados, ter-me por perto terá agora que ser conquistado.

quinta-feira, abril 19, 2007

Kiss me

Kiss Me

Deine Lakaien

Devido ao comentário do post anterior, enquanto eu baixava a musica Return para ouvir, me lembrei que amava ouvir Kiss me de Deine Lakaien e fiquei ouvindo a mesma sem parar. Cantarolei o refrão “Kiss me kiss me like I kiss you” e lembrei que era semelhante a alguns de meus desejos, então pensei em traduzir... Por que não traduzir? Sei que não precisa de traduções, mas traduzi, pensando...

Beije me

(Tradução Hedra Babalon)


Nós ficamos neste quarto

Proximos das cachoeiras

Onde nós encotramos o casal de jovens

De Clermont-Ferrand (?)

Você era uma primafleur (do francês significa - primaflor) vermelha

Entre narcisos cinzentos

Eu lembro da canção

A qual era como esta


Beije me, beije me como eu beijo você

Sinta minha falta, sinta minha falta como eu sinto de você

Enquanto sonhar seu sonho de outro alguém

Eu jogo a noite para você completamente.


Embora eu odiei as quedas

Eu aproveitei cada noite

Atrás das cortinas de luxuria

A luz solar queimava e secava

Todas as flores que examinei

Para escurecer sua luz brilhante

Eu me mantive cantando minha canção

Todos os dias e todas as noite


Beije me beije me como eu beijo você

Sinta minha falta, sinta minha falta como eu sinto falta de você

Enquanto sonhar seu sonho de outro alguém

Eu jogo a noite para você completamente.


Os sinos de sua coroa

Não podia ouví-los soar

Soaram para você

Mas para mim não soarão

E eu a beijei profudamente

Diretamente em sua garganta

Encontrei um carvalho lá dentro

Aquele que disse


Beije me, beije me como eu beijo você

Sinta minha falta, sinta minha falta como eu sinto falta de você

Continue sonhando seu sonho

Parece como outro alguém

Jogue a sua parte

Em um hotel velho barato

Agora você se coloca debaixo do sino da torre

Eu posso ouví-los cantar a canção do inferno

Onde os beijos não se queimam

Porque o fogo também é quente

Assim eu canto para você com a ajuda de Deus


Beije me, beije me como eu beijo você

Sinta minha falta, sinta minha falta como eu sinto falta de você

Enquanto sonha seu sonho de outro alguém

Eu rezo para você escapar do inferno.